quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hoje parei pra pensar em quem sou. Reparando nos meus amigos, vejo minhas gírias, meus gestos, meu beijo dado na testa. Ao andar pelas avenidas, percebo que sou nada nesse infinito finito. Ao passar pelo centro, observo um menino dedilhar seu violão e até ali consigo me enxergar. No momento em que é entoado o . É bem ali que estou e só eu enxergo isso.
Topei que estou na saudade repentina, na risada capaz de substituir toda uma conversa.
Estou no abraço - seja o aconchegante da chegada ou o comovente da partida -.
Se houver falta de eloquência, procure por mim, e ali estarei.
Meu coração está por aí - não despedaçado mas dividido -. Ele está em cada digital minha deixada pelo mundo afora. Nas minúcias vitais.
Me busque no intangível, na privação, no eterno. Só me busque, por favor! Você vai me encontrar. Só hoje me toquei que não sou o inteiro. Sou os detalhes.

Um comentário:

  1. "Estou no abraço - seja o aconchegante da chegada ou o comovente da partida -."

    Não ser o inteiro... Tive esse epifania alguns meses atrás, quando descobri que talvez fosse feita de tantas partes que chegasse a ser incontáveis. Me descobri incomensurável. E me encantei.

    Texto maravilhoso, raquel. *__* Verdadeiro e real.

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